Em 2010, Brasília estará em festa. Não só pelos 50 anos de fundação da cidade, como também pelo Jubileu da Arquidiocese de Brasília e pela realização de mais um grande evento eucarístico na capital federal. O XVI Congresso Eucarístico Nacional (CEN) será realizado de 13 a 16 de maio e terá como tema Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários e por lema Fica conosco, Senhor! (cf. Lc 24,29).
O Congresso Eucarístico Nacional será o ponto central das celebrações dos 50 anos da Arquidiocese de Brasília, que contarão também com uma retrospectiva histórica dos acontecimentos mais importantes da Arquidiocese como a primeira missa celebrada no marco inicial da construção da cidade em 1957 e o VIII Congresso Eucarístico Nacional, realizado em 1970.
Preparemo-nos, pois, para viver este momento eucarístico com grande disposição de fé e de amor.
Queremos, assim, com a ajuda de Santo Afonso Maria de Liguori, diante de Jesus Eucarístico, renovar nossa fé e nos preparar para bem celebrar este Congresso Eucarístico.
Diante do pedido “Fica conosco, Senhor”, uma resposta já temos: “Ele está no meio de nós” (cf. XV Congresso Eucarístico Nacional – Florianópolis, maio de 2006).
Santo Afonso Maria de Liguori
No dia 1o de agosto, a Igreja celebra a memória de Santo Afonso Maria de Liguori (1696-1787), Bispo e Doutor da Igreja. Nascido de uma das mais antigas e nobres famílias de Nápoles, a 27 de setembro de 1696, Afonso foi um menino prodígio pela facilidade com que aprendeu todas as disciplinas, das línguas às ciências, da arte à música. Aos 19 anos, já era um renomado advogado no Foro de Nápoles. Todavia, após uma grande frustração no exercício de sua profissão, sua vida tomou um novo rumo: abandonou a toga para servir à justiça de Deus, para dedicar-se a causas mais elevadas. Aos 30 anos foi ordenado sacerdote para evangelizar na periferia de Nápoles e os pobres camponeses. Aos 36 anos fundou a Congregação do Santíssimo Redentor (os Redentoristas). Mais tarde, foi eleito Bispo de Santa Águeda dos Godos, no sul da Itália. Após intensa atividade, retirou-se e escreveu até a morte, fiel a seu voto de jamais perder tempo. Chegou a escrever mais de cem obras, das quais muitas atingiram centenas de edições. Afonso foi um grande mestre de moral e piedade, recomendando, em particular, a devoção à Eucaristia e a Nossa Senhora. Foi canonizado em 1832. Seus escritos e sua confiança na misericórdia redentora de Deus, além de sua sólida doutrina, em meio ao pessimismo religioso e ao rigor jansenista da época, levaram o Papa Pio IX, em 1871, a declará-lo Doutor da Igreja. Ele é o patrono dos confessores e moralistas.
Entre seus escritos, encontra-se, já com mais de 2.000 edições, a obra “Visitas ao Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria”, publicada em 1745. Um pequeno livro, escrito inicialmente para os noviços redentoristas, para as visitas diárias diante do Santíssimo Sacramento.
Estamos às vésperas do XVI Congresso Eucarístico Nacional, queremos, com Santo Afonso, meditar, diante de Jesus Eucarístico, a sua presença entre nós.
Presente no Meio de Nós (Visita 3, p. 19-21)
Do evangelho de São João:
“Eu não deixarei vocês órfãos,
mas voltarei a estar com vocês.
(…) Nesse dia, vocês conhecerão
que eu estou em meu Pai,
vocês em mim, e eu em vocês.
(…) E quem me amam, será amado por meu Pai.
Eu também o amarei e
me manifestarei a ele” (Jo 14, 18-21).
Nosso Senhor Jesus Cristo não se contentou
com morrer e ressuscitar por amor a nós.
Ele quis prolongar sua presença
por meio do sacramento da Eucaristia.
Porque Ele tem prazer
em estar conosco (Pr 8, 31).
Como podemos nós não nos ligarmos a um Deus
que quer permanecer conosco?
Enquanto Ele busca a nossa companhia
nos mostramos cansados
evitando vir a dialogar com Ele (Jo 1, 11).
Como se sentem honrados
os que logram uma audiência
com algum personagem importante!
E nós? Não vamos agradecer
e tirar fruto do tempo vivido ao lado do Senhor?
Aqui estamos, Senhor e Deus nosso,
que de dia e de noite esperas nossa visita.
Tu és a fonte de todo bem,
o médico para toda enfermidade,
a boa notícia para os pobres (Lc 4, 18).
Aqui estamos
porque precisamos de Ti.
Somos doentes em busca de remédio;
pobres pecadores que merecem compaixão.
Não vamos desanimar
e vamos insistir
apesar de nossas misérias,
pois somente Tu tens
palavras de vida eterna (Jo 6, 6).
Nós Te louvamos, Senhor,
e Te damos graças.
E se queres hoje
conceder-nos uma graça especial,
Te pedimos esta:
a graça de não ofender-Te jamais,
a graça de amar-Te com todo o coração
e ao próximo como a nós mesmos,
Tu, luz e fortaleza. Senhor!
Senhor, eu Te amo
com toda a força do meu afeto.
Ajuda-me. Este meu dizer
seja sincero e se realize
por toda a eternidade.
Que Maria Santíssima,
meus santos protetores
e todos os bem-aventurados do paraíso
me fortaleçam para amar
a meu amabilíssimo Deus.
Bom pastor, pão verdadeiro,
Jesus Cristo,
tem piedade.
Guia-nos pelos caminhos
que levam à eternidade,
à pátria da vida. Amém.
Pe. Dr. Tarcísio Pedro Vieira
Pároco
Paróquia Nossa Senhora da Glória
05 de abril de 2010