Com a CF-2012, a Igreja pretende refletir sobre a questão da saúde no Brasil e sobre as políticas públicas de saúde
Uma Celebração Eucarística no dia 22 de fevereiro, às 18h15min, na Catedral, marcará o lançamento oficial da Campanha da Fraternidade de 2012 (CF-2012) na Arquidiocese de Florianópolis. Realizada na quarta-feira de Cinzas, a celebração será presidida pelo nosso arcebispo de Florianópolis Dom Wilson Tadeu Jönck (leia-se Ienki). Durante a celebração, será realizada a imposição das cinzas.
No mesmo dia, às 14h, Dom Wilson concederá entrevista coletiva no estará no auditório da Cúria Metropolitana (Rua Esteves Júnior, 447, no Centro de Florianópolis – 3224-4799).
A CF-2012 tem como tema “Fraternidade e Saúde Pública”, e lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”. Segundo o texto base (documento que orienta a campanha), com ela se pretende “refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde”.
Esta não é a primeira vez que a Campanha da Fraternidade aborda a saúde pública. Já em 1984, com o lema “Saúde para todos”, suscitou a criação do Sistema Único de Saúde – SUS, o SUS, que é considerado o melhor sistema público de saúde do mundo, mas que pode e deve ser melhorado.
Informações do Ministério de Saúde em Santa Catarina, dão conta que o SUS realiza mais de 128 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano apenas no Estado. Isso corresponde a aproximadamente 20 procedimentos por ano por habitante, o que demonstra a eficácia do sistema. No entanto, Santa Catarina ainda possui uma deficiência de sete mil leitos hospitalares, o que prova a necessidade de melhorá-lo.
Segundo Dom Wilson, com a Campanha da Fraternidade de 2012, a CNBB pretende refletir sobre a questão da saúde pública e sobre as políticas públicas de saúde. “Há uma preocupação com o atendimento das pessoas nos hospitais, longas filas de espera nas emergências, falta de leitos hospitalares, demora nos atendimentos especializados. O nosso sistema de saúde é bom, mas não é o que deveria ser. Há falta de recursos ou há má aplicação desses recursos”, disse.
Ele acredita que os profissionais da saúde tem dificuldade em prestar um serviço melhor à população por falta de estrutura. Dom Wilson também credita a responsabilidade pelas deficiências do sistema a população. “Temos os conselhos municipais e estadual da saúde, onde podemos decidir sobre a aplicação dos recursos destinados à saúde. Mas há uma pequena ou nenhuma participação nesses conselhos”, disse Dom Wilson.
Mais pelo fone (48) 8405-6578, com o jornalista Zulmar Faustino.